Monday, November 9, 2009

Um Grão Caído na Terra

Numa nova criação teatral

A Associação Comédias do Minho apresenta uma nova dramaturgia e criação de Um Grão Caído na Terra, um projecto com encenação e interpretação de Gonçalo Fonseca.

“Uma peça de teatro nunca está completa…Explorar uma peça é também transformá-la, habitar um universo novo: porque o teatro é também esse lugar onde se abre um mundo” (Pedro Eiras).

Um Grão Caído na Terra nasce de um testemunho real: o de Omer Goldman, jovem israelita que, em 2008, se recusou a prestar serviço militar. Texto para um actor com várias máscaras: solo e polifonia, ao mesmo tempo. A personagem, sem nome, faz dezanove anos; é chamada a servir o Estado, recusa. Dialoga com o soldado, o juiz, o pai, a carcereira. Atravessa a solidão e o desespero. Entre as paredes da prisão, sonha com um vento que a leva pelo céu.


FICHA ARTÍSTICA

Encenação, Interpretação e Máscaras: Gonçalo Fonseca
Texto e Dramaturgia: Pedro Eiras
Tutória: Philippe Peychaud
Aconselhamento Artístico: François Cervantes

Género: Teatro de Máscara
Classificação: Maiores de 12 anos
Entrada livre sujeita a lotação da sala


DATAS E LOCAIS DE APRESENTAÇÃO


Melgaço

13 Novembro Sexta-Feira | 21h30 | Casa da Cultura de Melgaço
Monção
14 Novembro Sábado | 21h30 | EPRAMI – Monção
Ponte da Barca
21 Novembro Sábado | 21h30 | Auditório Municipal de Ponte da Barca
Entrimo (Espanha)
22 Novembro Domingo | 17h00 | Colégio de Entrimo
Paredes de Coura
27 Novembro Sexta-Feira | 21h30 | Centro Cultural de Paredes de Coura
Vila Nova de Cerveira
28 Novembro Sábado | 21h30 | Centro de Cultura de Campos



De 17 de Novembro a 3 de Dezembro, o aproximarte – Projecto Pedagógico da Comédias do Minho apresenta, nos cinco municípios do Vale do Minho, algumas propostas de exploração pedagógica do espectáculo “Um Grão Caído na Terra”, encenado por Gonçalo Fonseca.

DATAS E LOCAIS DE APRESENTAÇÃO

Melgaço
17 de Novembro | Casa da Cultura de Melgaço | 14h00
Monção
18 de Novembro |EPRAMI | 14h00
Valença

19 de Novembro | Biblioteca Municipal de Valença | 14h30
Vila Nova de Cerveira

2 de Dezembro | Cine Teatro Vila Nova de Cerveira | 14h30
Paredes de Coura
3 de Dezembro | Centro Cultural de Paredes de Coura | 14h00

UMA PERGUNTA AO DRAMATURGO…

P – A partir do espectáculo Um Grão Caído na Terra o aproximarte apresenta algumas propostas de exploração pedagógica para os alunos do ensino secundário.
Do ponto de vista do dramaturgo, qual a importância da exploração dos conteúdos da peça para o público-alvo em questão?
Pedro Eiras – Uma peça de teatro nunca está completa. Uma peça de teatro vive de um texto, da respiração de um actor, de luz, música, roupas, objectos, da presença de quem vê ou ouve. Um palco é um lugar de encontro e passagem: lugar aonde chegam pessoas e dizem o que vêem, o que pensam: o actor - e aqueles que dialogam com o actor.
Explorar uma peça é também fazer a peça, transformá-la, habitar um universo novo: porque o teatro é também esse lugar onde se abre um mundo. Uma cadeira, três paredes inventam a prisão e a liberdade. Depois, a peça não termina com o subir da luz. A peça continua quando é discutida, interrogada, traduzida noutras palavras: porque o teatro transfigura a linguagem que falamos.

Friday, October 23, 2009

Biblioteca Sensível Itinerante

NUMA VIAGEM AO UNIVERSO DO LIVRO E DO CONTO

De 2 a 18 de Novembro, os cinco municípios do Vale do Minho recebem Biblioteca Sensível Itinerante, um projecto desenvolvido pela Associação Truta e integrado na programação do aproximarte – Projecto Pedagógico da Associação Cultural Comédias do Minho.

Este projecto não se trata de um espectáculo de teatro, mas de um encontro entre contadores e crianças, onde se tenta, com a manipulação dos objectos, reciclar o seu sentido comum e sugerir novas formas de ler.

Tendo como entidade promotora a Associação de Municípios do Vale do Minho, esta actividade, integrada no âmbito das acções de Promoção e Sustentabilidade das Paisagens do Vale do Minho vai abranger cerca de 1200 crianças do ensino pré-escolar, com idades compreendidas entre os três e os cinco anos de idade.

Nas prateleiras desta biblioteca habitam livros fantásticos feitos de pão, folhas, madeira, vento, contendo histórias surreais, animadas pelo gesto e voz dos seus contadores. As mais estranhas histórias saem dos livros mais incríveis…apenas podemos confiar na nossa imaginação.


Locais e Datas:


Paredes de Coura – 2, 3 e 4 de Novembro | Centro Cultural de Paredes de Coura
Vila Nova de Cerveira – 5 e 6 de Novembro | Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira
Monção – 9, 10, 11 e 18 de Novembro | Biblioteca Municipal de Monção
Melgaço – 12 de Novembro| Casa da Cultura de Melgaço
Valença – 13, 16 e 17 de Novembro | Biblioteca Municipal de Valença

Horário: 10h00 e 14h00
Duração: 50 minutos
Nº máximo de participantes: 50 participantes por sessão



Tuesday, October 20, 2009

Histórias e Películas

Acção de Formação para Colaboradores Locais e Agentes Educativos

Histórias e Películas é uma acção de formação desenvolvida pelo aproximarte – Projecto Pedagógico da Associação Comédias do Minho entre 28 de Outubro e 14 de Janeiro de 2010.

Num discurso prático e interactivo, esta formação dedica-se à linguagem do cinema num jogo entre a história e a imagem, a partir de objectos como a lanterna mágica e o zootrópico.



Esta actividade está integrada no âmbito das acções de Promoção e Sustentabilidade das Paisagens Rurais do Vale do Minho e tem como entidade promotora a Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho.

Era uma vez...uma história, muitas histórias. Em cenários da natureza, onde co-habitam elementos como a água, a terra, o fogo e o ar. Para as contar, uma imagem, muitas imagens. Umas a seguir às outras, em movimentos rápidos e redondos num fio narrativo.



Datas e Locais


Colaboradores Locais:
Casa da Cultura de Melgaço | 28 e 29 de Outubro

10h - 13h
14h - 17h

Agentes Educativos

Melgaço
Casa da Cultura | 28 e 29 de Outubro | 17h30 - 20h30
Monção
Biblioteca Municicpal de Monção | 23 e 24 de Novembro |17h30 - 20h30
Valença
Biblioteca Municipal de Valença | 25 e 26 de Novembro |17h30 - 20h30
Vila Nova de Cerveira
Biblioteca Municipal de V. N. Cerveira | 11 e 12 de Janeiro |17h30 - 20h30
Paredes de Coura
Centro Cultural de Paredes de Coura | 13 e 14 de Janeiro |17h30 - 20h30

Wednesday, September 23, 2009

Arribação

A Comédias do Minho apresenta ARRIBAÇÃO uma peça de teatro encenada por Luís Filipe Silva que terá como palco 25 cafés dos cinco municípios do Vale do Minho.

Uma mini equipa de reportagem pretende realizar um curto e inofensivo depoimento televisivo acerca dos meandros da arribação humana. Para isso, filma e entrevista dois emigrantes regressados de França ao norte de Portugal. Porém, a presença intrusa da câmara e o notório descomprometimento dos dois estranhos àquele lugar social e mental solta as línguas e desencadeia um processo muito violento de questionamento, por parte da mulher emigrante, tanto das intenções veladas dos repórteres como dos percursos de vida do velho casal, unido pela dureza de uma experiência comum e separado por um fosso de silêncios e palavras doridas.



FICHA ARTÍSTICA

Encenação: Luís Filipe Silva Assistência de Encenação: Elsa Pereira
Interpretação: Luís Filipe Silva, Mónica Tavares, Rui Mendonça, Tânia AlmeidaTexto e Dramaturgia: Regina Guimarães
Figurinos e Cenografia: Sara Fernandes e Tito Morgado
Audiovisual: José Semedo, José Natalino Reis e Tiago Semedo

Género: Teatro Vídeo
Classificação: Maiores de 12 anos
Entrada livre sujeita a lotação do café

DATAS E LOCAIS DE APRESENTAÇÃO

Monção

14 Outubro Quarta-Feira | 21h30 | Podame – “Café Tólinha”
15 Outubro Quinta-Feira | 21h30 | Tangil – “Café Cristina”
16 Outubro Sexta-Feira | 21h30 |Cambeses “Café da Associação Filarmónica Milagrense”
17 Outubro Sábado | 21h30 | Moreira – “Café Pôr-do-Sol”
18 Outubro Domingo | 21h30 |Abedim – “Salão da Junta de Freguesia”

Vila Nova de Cerveira

21 Outubro Quarta-Feira | 21h00 |Reboreda “Café Vila Verde”
22 Outubro Quinta-Feira | 21h00 |Loivo – “Café da Devesa”
23 Outubro Sexta-Feira | 21h00 | Campos – “Café Jotty”
24 Outubro Sábado | 21h00 | Covas – “Adega do Lagar”
25 Outubro Domingo |15h00 |Gondar – Café Espírito Santo”

Valença

12 Novembro Quinta-Feira | 21h30 | S. Pedro da Torre - “Club Torrense”
13 Novembro Sexta-Feira | 21h30 |Gandra – “Café Monte”
14 Novembro Sábado | 21h30 | Gondomil – “Pôr do Sol”
15 Novembro Domingo | 16h30 |Boivão – Lugar de Lordelo – “Café Raquel”

Wednesday, September 2, 2009

COMÉDIAS DO MINHO PARTICIPA EM FESTIVAL DE TEATRO EM CABO VERDE

A Associação Comédias do Minho vai estar representada no 15º Festival Mindelact 2009, através da peça “Auto da Paixão”, encenada por João Pedro Vaz.

Este Festival, considerado o principal evento de teatro da África Lusófona, decorre no mês de Setembro, na cidade do Mindelo, e promove o intercâmbio cultural num evento que valoriza a troca de experiências entre diferentes países.

A Comédias do Minho vai promover a cooperação cultural através do projecto Desenvolvimento Local – Pontes entre o Vale do Minho e Cabo Verde, dando início a uma relação que pretende ser desenvolvida no futuro, através da troca de experiências no que diz respeito à arte e à cultura e ao seu papel no desenvolvimento territorial.

Neste âmbito, a peça “Auto da Paixão”, que estreou no Vale do Minho no ano de 2008 será, ainda, apresentada na Cidade da Praia, Cancelo, Pedra Badejo e Achada Fazenda. Este espectáculo requer apenas as condições mínimas, os actores trazem consigo tudo o que é necessário (roupas, objectos, instrumentos musicais) para representar as dezenas de personagens que participam da Paixão. Mostram, desta forma, como é possível fazer teatro, mesmo em locais onde, aparentemente, por questões logísticas, técnicas e de infra-estruturas, não se reúnem condições para a apresentação de espectáculos.

Será realizada, ainda, uma reunião com os agentes locais para, desta forma, serem partilhadas algumas experiências. O Vale do Minho dá assim continuidade à cooperação com o município de Santa Cruz, iniciada no ano de 2007.

FICHA ARTÍSTICA
Direcção: João Pedro Vaz
Cenografia e Figurinos: Ana Limpinho e Maria João Castelo
Interpretação: Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Mónica Tavares, Philippe Peychaud, Rui Mendonça e Tânia Almeida



DATAS E LOCAIS DE APRESENTAÇÃO
Cabo Verde


Ilha de S. Vicente – Mindelo 12 Setembro Sábado | 19h00| Centro Social da Ribeira de Craquinha – Teatro Periferia
14 Setembro Segunda-feira | 21h30|Auditório do Centro Cultural do Mindelo - Festival Mindelact

Ilha de Santiago
18 Setembro sexta-feira |21h30|Instituto Camões - Centro Cultural Português (Cidade da Praia)
Data e horário a designar | Pedra Badejo (Sta. Cruz)
Data e horário a designar | Cancelo (Sta. Cruz)
Data e horário a designar | Achada Fazenda (Sta. Cruz)

Monday, August 10, 2009

Inês Negra

A Comédias do Minho e a Câmara Municipal de Melgaço apresentam, no próximo dia 16 de Agosto, pelas 21h30, uma recriação da Lenda de Inês Negra com texto de Miguel Castro Caldas, encenação de Gonçalo Amorim e desenho digital de António Jorge Gonçalves.

Olho para fora da muralha
É brava mas está enganada
Inês negra tem a terra muito mais brava dentro das unhas
E agora levanta-se e levanta os braços para a guerra
(…)
Olho para dentro da muralha
E o cronista Fernão Lopes está todo entusiasmado a fazer rascunhos da história que depois vai contar.
Olho para fora da muralha
E parece que acabou.
A Inês negra está de pé e tem os cabelos da arrenegada na mão



FICHA ARTÍSTICA

Encenação: Gonçalo Amorim
Texto e Dramaturgia: Miguel Castro Caldas
Desenho Digital: António Jorge Gonçalves
Interpretação: Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Mónica Tavares, Rui Mendonça e Tânia Almeida
Participação Especial: Grupo de Teatro Amador “Os Simples” e Comunidade de Melgaço

DATA E LOCAL DE APRESENTAÇÃO
Melgaço
16 Agosto Domingo | 21h30 |Torre de Menagem

Friday, July 17, 2009

Deu La Deu

No próximo dia 25 de Julho, pelas 21h30 a Comédias do Minho vai recriar a lenda da Deu-la-Deu no cenário real das Muralhas de Monção.

Usando uma narração em verso de Carlos Tê, o grupo de actores da Comédias do Minho, secundado por actores do grupo amador Os Milagres e dezenas de figurantes locais, cantadeiras e concertinas, vai defender a Vila do ataque dos actores galegos da Voa Dora (companhia de teatro de Santiago).

Um erudito Doutor andará pelo meio das pessoas a dar conta dos vários brasões deuladeuianos. Poemas de João Verde vão ser cantados ao desafio enquanto um belíssimo coro de raparigas novas de Monção vai ajudar a Deu-la-Deu a expulsar o cerco galego.





FICHA ARTÍSTICA

A PARTIR DE UM TEXTO DE CARLOS TÊ
POEMAS DE JOÃO VERDE
UMA MONOGRAFIA DO DOUTOR ANTÓNIO PINHO
MÚSICA DE JOSÉ MÁRIO BRANCO

Guião e Direcção: João Pedro Vaz
Adereços e Figurinos: Maria João Castelo
Participação: Comédias do Minho, Associações e Comunidade de Monção
Organização: Câmara Municipal de Monção
Produção: Comédias do Minho

Queres participar no espectáculo? Junta-te a nós…

Para mais informações contacta:
Biblioteca de Monção: 251 6401 50
biblioteca@cm-moncao.pt
Comédias do Minho: 96 651 6236
comediasdominho@gmail.com
www.comediasdominho.blogspot.com


DATA E LOCAL DE APRESENTAÇÃO
Monção

25 Julho | Sábado | 21h30 | Portas do Rosal – Monção

Nas Margens Férias Artísticas para Jovens

Teatro, Dança Contemporânea, Danças do Mundo, Música e Artes Circenses nos Cinco Municípios do Vale do Minho.

De 13 a 18 de Julho, os cinco municípios do Vale do Minho serão o espaço de umas férias artísticas dedicadas à temática do Rio Minho, enquanto ícone do património natural comum e partilhado.

Em cada concelho será explorada uma linguagem artística distinta: Teatro (Paredes de Coura), Dança Contemporânea (Vila Nova de Cerveira), Danças do Mundo (Monção), Música (Melgaço) e Artes Circenses (Valença).

Esta actividade está integrada no âmbito das acções de Promoção e Sustentabilidade das Paisagens Rurais do Vale do Minho e tem como entidade promotora a Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho.

Vamos representar, dar voz e corpo a intervenções de rua, trazendo a temática do rio Minho aos espaços patrimoniais do Vale do Minho: praças, castelos, muralhas…
As diferentes linguagens das artes de palco enquanto possibilidade de criação serão usadas para comunicar e aproximar as comunidades do ambiente e da arte.

Estas férias artísticas terminam com uma apresentação do trabalho desenvolvido em cada município e com um encontro final, a decorrer em Melgaço, onde os participantes dos cinco concelhos poderão partilhar a experiência e os objectos artísticos criados.

Ficha Artística

Criação e Orientação:

Paredes de Coura: Teatro - Philippe Peychaud
V.N.Cerveira: Dança Contemporânea – Romulus Neagu
Monção: Danças do Mundo – Marta Pereira Coutinho
Melgaço: Música – Luís Pedro Madeira
Valença: Arte Circenses – Hugo Oliveira

Apresentações:

Paredes de Coura: Paços do Concelho
V.N.Cerveira: Parque do Castelinho
Monção: Praça Deu la Deu
Melgaço: Torre de Menagem
Valença: Muralhas







Friday, June 26, 2009

Maior que um menor que dez

Nos próximos dias 27 de Junho, em Cortes (Monção), e 4 de Julho, em Moselos (Paredes de Coura), decorrerá a actividade “Maior que um menor que dez”, uma oficina de manipulação criativa de objectos destinada às crianças e jovens destas freguesias.

“Maior que um menor que dez” terá o formato de um ateliê de construção e manipulação de marionetas, formas e objectos utilizando, para tal, um conjunto de soluções pré-definidas, bem como, materiais diversos.



A actividade tem como objectivo principal ir ao encontro das crianças e jovens das aldeias do Vale do Minho. Esta aproximação às linguagens artísticas, termina com uma apresentação, aberta a toda a comunidade, do trabalho realizado nos ateliês.

Este ateliê será desenvolvido com os restantes municípios do Vale do Minho em data ainda a designar.


Ficha Artística

Direcção: Igor Gandra e Carla Veloso

Coordenação Técnica: Virgínia Moreira

Acompanhamento: Tânia Pereira

Produção: Teatro de Ferro e aproximarte, Comédias do Minho

Estruturas financiadas pelo MC/ DgArtes



Locais e Datas:


Monção| 27 de Junho | AJAC - Associação Juvenil Amigos de Cortes
Paredes de Coura |4 de Julho | Associação Cultural de Moselos

Monday, June 22, 2009

Arribação

A Comédias do Minho apresenta novo espectáculo, com estreia no concelho de Paredes de Coura, no dia 1 de Julho. ARRIBAÇÃO é uma peça de teatro encenada por Luís Filipe Silva e terá como palco 25 cafés dos cinco municípios do Vale do Minho.

Uma mini equipa de reportagem pretende realizar um curto e inofensivo depoimento televisivo acerca dos meandros da arribação humana. Para isso, filma e entrevista dois emigrantes regressados de França ao norte de Portugal. Porém, a presença intrusa da câmara e o notório descomprometimento dos dois estranhos àquele lugar social e mental solta as línguas e desencadeia um processo muito violento de questionamento, por parte da mulher emigrante, tanto das intenções veladas dos repórteres como dos percursos de vida do velho casal, unido pela dureza de uma experiência comum e separado por um fosso de silêncios e palavras doridas.



FICHA ARTÍSTICA


Encenação: Luís Filipe Silva
Assistência de Encenação: Elsa Pereira
Interpretação: Luís Filipe Silva, Mónica Tavares, Rui Mendonça, Tânia Almeida
Texto e Dramaturgia: Regina GuimarãesFigurinos e

DATAS E LOCAIS DE APRESENTAÇÃO

Paredes de Coura
1 Julho Quarta-Feira | 21h30 |”Café do Pi” (Vila)
2 Julho Quinta-Feira | 21h30 |”Kintinus Bar” (Padornelo)
3 Julho Sexta-Feira | 21h30 | “Café das Almas” (Porreiras)
4 Julho Sábado | 21h30 | “Café da Junta” (S. Martinho)
5 Julho Domingo | 21h30 | “Café Bom Retiro” (Rubiães)

Melgaço
8 Julho Quarta-Feira | 21h30 | “Café Mosteiro” (Fiães)
9 Julho Quinta-Feira | 21h30 | Restaurante “O Vidoeiro” (Lamas de Mouro)
10 Julho Sexta-Feira | 21h30 | “Restaurante da Serra” (Castro Laboreiro)
11 Julho Sábado | 21h30 | “Café Coelho” (S. Gregório)
12 Julho Domingo |21h30 | “Café Internacional” (Peso)

Tuesday, June 2, 2009

Estufa Fria no FITEI

Estufa Fria uma co-produção entre a Companhia de Teatro Comédias do Minho e o Teatro de Ferro , conta com a direcção artística de Igor Gandra e sobe ao palco do FITEI no próximo dia 6 de Junho, pelas 16h00, no Núcleo Experimental Coreográfico.

Estufa Fria fala-nos sobre "viver no campo" (viver o campo, viver do campo, vir ver o campo).
A partir desta ideia, desenvolveu-se um espectáculo que habita os espaços criando outros, que outros habitam. Trata-se de um dispositivo teatral adaptável, onde actores e marionetas interpretam os materiais propostos.


A proposta é, através da exloração das linguagens do corpo e da manipulação de formas, objectos e do próprio espaço de cena, contruir um espectáculo que tenta cruzar uma plasticidade assumida, uma teatralidade eficaz e um sentido de apresentação próximo da performance.
Os aspectos da comunicabilidade entre artistas (em presença - actores e em diferido - outros criadores) e o público são estruturantes neste espectáculo - objecto partilhável.

Friday, May 22, 2009

Um Grão Caído na Terra

A Associação Comédias do Minho apresenta Um Grão Caído na Terra, um projecto com encenação e interpretação de Gonçalo Fonseca, com estreia no concelho de Monção, no dia 13 de Maio, às 21 h30.

Um actor dá vida a cinco máscaras num jogo entre o tempo presente e passado. O interior de uma cela, imposta por uma convicção, transforma-se num espaço de memórias e solidão.



Um Grão Caído na Terra nasce de um testemunho real: o de Omer Goldman, jovem israelita que, em 2008, se recusou a prestar serviço militar. Texto para um actor com várias máscaras: solo e polifonia, ao mesmo tempo. A personagem, sem nome, faz dezanove anos; é chamada a servir o Estado, recusa. Dialoga com o soldado, o juiz, o pai, a carcereira, a companheira de cela. Atravessa a solidão e o desespero. Entre as paredes da prisão, sonha com um vento que a leva pelo céu.

FICHA ARTÍSTICA

Encenação, Interpretação e Máscaras: Gonçalo Fonseca
Texto e Dramaturgia: Pedro Eiras
Tutória: Philippe Peychaud
Aconselhamento Artístico: François Cervantes

Género: Teatro de Máscara
Classificação: Maiores de 6 anos
Entrada livre sujeita a lotação da sala


DATAS E LOCAIS DE APRESENTAÇÃO


Monção
13 Maio Quarta-Feira | 21h30 | EPRAMI – Monção
14 Maio Quinta-Feira | 21h30 |Salão da Junta de Freguesia de Riba de Mouro
15 Maio Sexta-Feira | 21h30 | Escola Primária de Bela
16 Maio Sábado | 21h30 | Centro Cultural Raianos, Messegães
17 Maio Domingo | 16h00 | Casa do Curro, Monção

Melgaço
20 Maio Quarta-Feira | 21h30 | Salão da Junta de Freguesia de Penso
21 Maio Quinta-Feira | 21h30 | Casa da Cultura de Melgaço
22 Maio Sexta-Feira | 21h30 | Casa da Cultura de Melgaço
23 Maio Sábado | 21h30 | Centro Cívico de Castro Laboreiro
24 Maio Domingo | 21h30 | Associação os Fronteiriços, S. Gregório

Paredes de Coura
27 Maio Quarta-Feira | 21h30 | Salão da Junta de Freguesia de Parada
28 Maio Quinta-Feira | 21h30 | Centro Cultural de Paredes de Coura
29 Maio Sexta-Feira | 21h30 | Centro Cultural de Paredes de Coura
30 Maio Sábado | 21h30 | Salão da Junta de Freguesia de Romarigães
31 Maio Domingo | 21h30| Salão de Junta de Freguesia de Cossourado

Vila Nova de Cerveira
10 Junho Quarta-Feira | 21h30 | Salão da Junta de Freguesia de Lovelhe
11 Junho Quinta-Feira | 21h30| Salão da Junta de Freguesia de Nogueira
12 Junho Sexta-Feira | 21h30| Salão Paroquial de Gondarém
13 Junho Sábado | 21h30 | Cineteatro dos Bombeiros
21 Junho Domingo | 16h00 | Salão Paroquial de Covas

Valença
25 Junho Quinta-Feira | 21h30 | Auditório Anfiteatro de Verdoejo
26 Junho Sexta-Feira | 21h30| Auditório Biblioteca Municipal de Valença
27 Junho Sábado | 21h30 | Junta de Freguesia de Gandra
28 Junho Domingo |21h30| Junta de Freguesia de Arão

Personagens de Água

A água dissolve, a água transporta, a água limpa, a água adapta-se às formas, a água gasta, a água é um espelho, a água renasce, a água é forte, a água eleva-nos, a água é escorregadia, a água entorna-se, a água engana.




"Personagens de Água" é um espectáculo sobre as qualidades da água que leva as crianças a produzirem personagens recriando dessa forma situações da vida real.
São executadas tarefas durante o espectáculo havendo dessa forma uma experimentação, como se a água pudesse ser, através das suas características mais importantes, uma metáfora da vida.

Esta actividade, integrada no âmbito das acções de Promoção e Sustentabilidade das Paisagens Rurais do Vale do Minho é uma co-produção entre a Comédias do Minho e Jangada de Pedra e tem como entidade promotora a Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho.



Trabalho realizado por um aluno do 4º ano da Escola EB1 de Campos (Vila Nova de Cerveira)

* Fotografia: Susana Neves

Contra-Bando - Trabalho Jornalístico (Melgaço)

No dia 6 de Março de 2009 pelas 15 h, a turma do 4.ºano da EB1/JI de Pomares foi assistir à peça de teatro “Coração de porco” realizada pelas Comédias do Minho, na freguesia de Parada do Monte.

O espectáculo decorreu na casa do Sr. José do Vidoeiro, situada no lugar do Paço, o qual disponibilizou todos os espaços interiores e exteriores para o evento.

"O Céu"

À entrada da casa, debaixo da latada, a encenadora e o actor Gonçalo explicaram as semelhanças entre as casas romanas e as casas de Parada do Monte.



"O Pândega"

O Pândega explicou e apresentou as esculturas que fazia, mas que não vendia, porque faziam parte da sua alma. Ele também adorava música, sendo acompanhado pelo grupo coral de Parada do Monte.



"O Professor Júlio"

Deu uma explicação engraçada: as minhocas eram como as letras, que a Secóia é a maior árvore do mundo, que o seu saber passa directamente para a cabeça do aluno e que os Romanos aprendiam mais, quando estavam deitados.

"As Cartas"

Foram apresentadas as dificuldades que os emigrantes sentiam para enviar as cartas para a sua família.

"O Lavrador"

Apresentou uma réplica da neve a cair em Parada do Monte e afirmou que trabalhava mais quando ela caía.

"A Ginástica"

Os lavradores eram parecidos a atletas gregos. Faziam exercícios físicos com os trabalhos agrícolas.

"A Salgadeira"

O sal era parecido com a neve. A conservação dos alimentos era feita com o sal e a dança significava os movimentos que as pessoas tinham a salgar.



"Coração de Porco"

Só se dá o coração a quem já o tenha perdido, para a esperança e a fé não morrer.



No final participamos numa dança com os actores, com o nosso professor e com o coro de Parada de Monte. Foi fixe!

Aproveitamos também a oportunidade que nos foi concedida e fizemos uma entrevista a todos os actores, a qual divulgaremos na próxima edição do jornal.

Trabalho jornalístico realizado pela turma do 4.ºano da EB1/JI de Pomares.

Contra-Bando - Trabalho Jornalístico (Monção)

Em Lara, aldeia do Alto Minho onde todas as histórias acontecem e se misturam, chegam os convidados, sem saber para quê nem porquê, respondendo a um convite excepcional, a um “apelo da alma”.

A companhia de Teatro “Comédias do Minho”, com o seu Projecto “Contra-Bando”, rompe com o conceito de espectáculo de teatro tradicional, retirando actores, encenadora e uma bailarina do espaço fechado da sala de espectáculos. Desafia-os a representar diversas cenas de outros tempos, vividas pelas gentes do lugar de Lara.

Encenou-se uma peça de teatro onde o cenário é a casa, a mercearia, o armazém, a taberna, a rua… As histórias, que partem da vida das gentes desta aldeia, das suas rotinas, dos seus amores, angústias, alegrias, tristezas, medos e esperanças, alteram a calma e o silêncio das suas ruelas apertadas, dos seus caminhos e recantos escondidos...



O nome desta peça!

O nome “Contra-Bando”, remete-nos para tempos em que homens e mulheres do Alto Minho arriscavam a vida no contrabando de tabaco, azeite, sabão… para contrariar e fugir à miséria, levando mais uns tostões no bolso para alimentar as bocas que esperavam em casa. A escolha do nome tem em conta, também, o significado e essência das palavras, porque este “bando “ de actores juntou-se para “relatar” histórias relacionadas com o contrabando, num trabalho contra as regras tradicionais do teatro. Inovando e rompendo pré conceitos, desafiando pessoas com diferentes formações.

Um projecto comum: uma encenadora, Madalena Victorino, um grupo de cinco actores e uma coreógrafa e bailarina.

Os espectadores são convidados a assistir e fazer parte integrante da história, transformando-se por momentos em actores.

Os conflitos de amigos na taberna. As confidências, os conselhos e os sentimentos de duas mulheres que viam o casamento e a felicidade de forma diferente. A angústia de uma mulher abandonada à solidão à espera que o seu amado regresse com o sonho de uma fortuna. A desconfiança no casamento. O poder do padre, a influência da fé e da religião nas crenças e julgamentos dos habitantes de Lara.

O conflito da consciência de um homem que decide enfrentar os princípios da fé e usurpa os cofres da capela ou igreja da Senhora da Saúde, pagando o seu gesto com a vida. A miséria e a pobreza misturam-se com o amor de pai que, querendo a felicidade do seu filho no seu último alento, satisfaz o desejo de lhe oferecer uma prenda.



As histórias acontecem em ambientes naturais da aldeia, com a ajuda e colaboração de quem lá vive. A mercearia e o armazém do Sr. Vilar, a capela da Dona Judite. Os caminhos e as estradas são o testemunho da surpresa com que os espectadores recuam no tempo e se tornam parte do espectáculo.


Depois de assistirmos ao ensaio surgem as conversas para entendermos a essência do projecto e as motivações dos intervenientes.

Que razões levam uma encenadora que trabalha no CCB a vir trabalhar para o meio rural?
Madalena Vitorino - A necessidade de uma valorização do meu trabalho arrastou-me para este projecto que tinha como aliciante o trabalho com uma nova geração de actores, levando o teatro para fora da cidade!
Este projecto permitiu-me como encenadora trabalhar de uma forma diferente, a improvisação, a interacção do público com os actores e a introdução da dança fazem do trabalho uma incógnita não obedecendo a um diálogo previamente estabelecido com regras definidas

O que acha da experiência de trocar o palco do teatro pela “taberna”… de uma aldeia do interior?
Ainhoa Vidal (Bailarina) - No espectáculo com pequenos grupos tudo tem de ser mais trabalhado, tudo se vê. O pormenor tem de ser estudado e preparado para que tudo seja o mais natural possível e parecido com a vida, os espaços são abertos, o público pode ser “mimado” e convidado a entrar nas histórias. Nos grandes espaços, o palco é um lugar preto e vazio, o tipo de luz muda, o espectáculo é dirigido a grandes massas, o actor tem de ir à procura da luz e do público.

O que o seduziu neste projecto?
Luís Silva
(Actor) – A companhia pareceu-me interessante, com um trabalho ambicioso, decidi sair de Lisboa e entregar-me ao projecto.

O espectáculo decorreu nos dias 21 e 22 de Março com duas sessões diárias. Os alunos do 8ºA da Escola Secundária de Monção foram os convidados privilegiados para assistir ao ensaio geral no dia 20 de Março.

“A experiência proporcionou-nos um contacto com actores profissionais, e permitiu-nos ser parte integrante do espectáculo”. Concluíram.


Ficha técnica:

Repórteres: Ângela Rodrigues, Liliana Alves, Rafael Barbosa, Vítor Gonçalves
Fotografia: Ana Trancoso e Pedro Alves
Redactores: Cristhiane Sonay, Guilherme Ponte e Sandra Machado


Trabalho Jornalístico realizado pelos alunos do 8ºA da Escola Secundária de Monção.

Monday, April 27, 2009

Contra-Bando - Trabalho Jornalístico (Vila Nova de Cerveira)

O projecto Contra-Bando foi a mais recente aposta da companhia Comédias do Minho. Tratou-se de um espectáculo de Teatro-Dança que contou com a prestação de uma excelente equipa de profissionais, nomeadamente, seis actores e uma bailarina: Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Miguel Fragata, Mónica Tavares, Rui Mendonça, Tânia Almeida, e Ainhoa Vidal, sob a encenação de Madalena Victorino (ex-assessora para a área da pedagogia e animação da Fundação Centro Cultural de Belém) convidada pela companhia Comédias do Minho, para tomar em mãos este projecto.

Esta nova produção teatral foi representada nos cinco concelhos que a companhia já mencionada intervém (Vila Nova de Cerveira, Monção, Melgaço, Paredes de Coura e Valença) no caso concreto de Campos, a peça foi apresentada nos dias 13, 14 e 15 de Março de 2009.

Agora, imagine que está em cabanas de pescadores e em volta há vários retratos espalhados com imagens de lampreias e peixes.

O espaço em que decorre toda a acção teatral está bem longe do habitual, sendo um espaço natural que representa o dia-a-dia de pescadores, onde eles guardam todo o material de pesca.


Neste espaço natural está contida a dança onde há uma forte ligação entre o público e o próprio elenco. As barracas dos pescadores foram utilizadas como ninhos de lampreia que não são feitos de pedras roladas, mas de zinco e de emoções. Guardam histórias curtas de água que flamejam na escuridão do rio.

Os actores representam a história de vida das lampreias de forma abstracta através de gestos e de música a acompanhar. E o público funcionou como lampreias prontas a ser pescadas pelos pescadores que são os actores.


Este projecto foi uma ideia inovadora, pois, além da "infiltração artística" em casa das pessoas (como disse Madalena Victorino na Conferência de Imprensa organizada pelos alunos de Música de 9ºano do Colégio de Campos) as pessoas tiveram oportunidade de assistir à peça e trazer familiares e amigos, sendo de destacar a participação popular de associações e colectividades de todo o concelho.

Trabalho jornalístico realizado pelos alunos de Música (9º ano) do Colégio de Campos.

Wednesday, April 1, 2009

Contra-Bando - Trabalho Jornalístico (Paredes de Coura)

O projecto Contra-Bando foi a mais recente aposta da Comédias do Minho. Tratou-se de um espectáculo de Teatro-Dança, que contou com a prestação de uma excelente equipa de profissionais, nomeadamente, seis actores e uma bailarina: Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Miguel Fragata, Mónica Tavares, Rui Mendonça, Tânia Almeida, e a talentosa Ainhoa Vidal, sob a encenação de Madalena Victorino.

Este projecto foi apresentado dentro das casas dos habitantes de determinadas freguesias dos concelhos do Vale do Minho. No caso concreto de Paredes de Coura, desenrolou-se na Seara, Bico, nos dias 27 e 28 de Fevereiro e 1 de Março.

A ideia dos espectáculos serem apresentados dentro das casas, levou a que estas se transformassem em palcos, de forma a haver uma aproximação entre o palco, a terra, artistas, animais e habitantes. Deste modo, os actores transformaram-se em aldeões e os aldeões, transformaram-se em actores: uma mistura que consegue levar àqueles que parecem esquecidos, uma pequena noção do que é o mundo da representação, assim como, arrebatar os actores para a noção do que é a vida rural.



Após ter sido proposto aos habitantes da freguesia a possibilidade das suas casas se transformarem em verdadeiros palcos de teatro, duas simpáticas senhoras, a Dona Esmeralda e a Dona Nilda, abdicaram do silêncio e da solidão em que viviam e cederam as suas casas para que fosse possível a encenação de “Salto da Água” e “A Cozida”.

O “Salto da Água” desenvolveu-se no cantinho de Dona Esmeralda que transmitia uma enorme paz ao público. Por sua vez, a sua casa, em sonhos, transformava-se num rio que ela não conseguia atravessar acabando por se afundar. São sonhos e memórias de Esmeralda, que a encenadora Madalena Victorino tenta transpor para a dança e teatro, recorrendo a vários cenários. Estes identificavam-se claramente com situações do quotidiano rural, sonhos e histórias de Dona Esmeralda. Desta forma, verificou-se a necessidade de recriar vários cenários tais como, a cozinha, o quarto, o quarto de banho, a sala da cruz, a corte do gado e por fim o exterior que, juntamente com uma agradável brisa se tornava no espaço onde os noivos saltavam de uma fotografia e se juntavam aos convidados.

Posteriormente, o espectáculo, designado por “A Cozida”, decorria na casa de Dona Nilda, uma senhora cheia de energia para trabalhar e sempre com um sorriso na cara. Foi encenado o trabalho no campo, a expressão da fadiga estampada no rosto e no corpo, o suor que escorria pela cara de cada um. Deu-se, igualmente, relevância aos animais, nomeadamente, aos cordeiros que após o nascimento eram criados para na altura da Páscoa darem mais uma alegria à gente da casa.

Os produtos caseiros - o chouriço, o pão de milho e a sopa à moda antiga - foram oferecidos ao público, simbolizando uma merenda no final de um dia de trabalho.

De um modo geral, foi uma ideia inovadora que abrangeu um mundo já esquecido da ruralidade portuguesa e que provou como um inocente sonho pode revolucionar a vida recatada de uma pessoa e transformar-se em algo vivido para além do sonho.




Trabalho jornalístico realizado pela turma de Apoio à Infância da Escola Profissional do Alto Minho Interior - EPRAMI Paredes de Coura

Actividade de Exploração Temática da Peça Contra-Bando

Actividade a partir dos géneros jornalísticos

As turmas são desafiadas a acompanhar o ensaio geral da peça na aldeia do seu município.

No contexto de ensaio, encenadora, actores, habitantes da aldeia e alunos podem partilhar as diferentes leituras sobre esta experiência.

Desta forma, e aproximando-se um pouco mais do processo criativo, as turmas terão oportunidade de recolher os elementos necessários para a redacção do texto jornalístico, designadamente testemunhos e fotografias.

Monday, March 2, 2009

Sessão Pública



Na Sessão Pública, que decorreu no Centro Cultural de Paredes de Coura, no passado dia 27 de Fevereiro pelas 11h30, a Comédias do Minho – Associação para a Promoção de Actividades Culturais no Vale do Minho apresentou o Plano de Actividades 2009-2010, bem como, o livro Cinco Municípios, Um Projecto Cultural.
A Sessão Pública teve como intervenientes o Presidente da Direcção da Comédias do Minho, António Pereira Júnior, Isabel Alves Costa, membro da Direcção Artística e Madalena Victorino, encenadora, dramaturga e coreografa da peça CONTRA-BANDO.
Isabel Alves Costa apresentou a programação relativa aos três eixos de intervenção da Comédias do Minho: Companhia de Teatro, aproximarte, e Projectos Comunitários, bem como, o livro Cinco Municípios, Um Projecto Cultural.
Para o ano de 2009 referenciou alguns projectos, como a peça, com título ainda a designar, concebida e interpretada por Gonçalo Fonseca sob a tutoria de François Cervantes. Destacou ainda a encenação de Luís Filipe Silva e Elsa Pereira com texto e dramaturgia de Regina Guimarães.
Focou a importância de se desfazer o equívoco da descentralização relativamente a este projecto citando, assim, algumas palavras de Augusto Seabra:” "Para acabar de vez com os equívocos da "descentralização", é necessário pensar numa multiplicidade de pólos.
Para que pólos sejam é também necessário que tenham irradiação para além da sua primordial inscrição local. Para que tenham irradiação é necessário o eco de uma informação culturalmente responsável - e este é um outro défice que há infelizmente a ter presente quando, de facto, as inscrições culturais no território estão em mutação".(1)
Madalena Victorino explicou o processo que antecipou as “várias partes de um mesmo espectáculo”, bem como, a origem do nome CONTRA-BANDO “ao chegar reuni um “bando” de pessoas que lutasse contra as convenções teatrais para que juntos fizéssemos várias conquistas. Transformar, por um tempo, locais da vida privada e quotidiana em verdadeiros teatros. Usar a matéria de um conjunto de conversas como fonte para a construção dramatúrgica. Ler os corpos e os movimentos do trabalho e dos animais como coreografias involuntárias”.

António Pereira Júnior termina a Sessão com o desejo que a Comédias do Minho possa, neste biénio, alargar o plano de actividades.

(1) in Territórios e discursos, Boa União - Revista do Teatro Viriato, Primavera/Verão, 2007

Tuesday, January 27, 2009

Contra-Bando


CONTRA-BANDO é um espectáculo de Teatro-Dança que se apresenta em casas de aldeia do Vale do Minho. Essas casas serão o palco de um encontro entre a terra, artistas, animais e habitantes.
Todos, em conjunto, estudam os vigorosos trabalhos do campo e da dança, e através do artifício teatral, acendem em cada lareira o fogo das artes.
O público, ao entrar, celebra um ilusionismo feito com aldeões que se transformam em actores, actores em homens rurais, palha que salta de lenços de assoar, sombras de santos que pairam numa sala, enguias que dançam, pão que se reparte.
Um espectáculo que acorda as grandes e velhas pedras deste vale.


FICHA ARTÍSTICA

Encenação, Dramaturgia e Coreografia: Madalena Victorino
Assistência Coreográfica: Ainhoa Vidal
Interpretação e Co-Criação: Ainhoa Vidal, Miguel Fragata, Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Mónica Tavares, Rui Mendonça, Tânia Almeida
Filme Documental: Olga Ramos e Ricardo Rezende


DATAS E LOCAIS DE APRESENTAÇÃO

Paredes de Coura | Bico | Lugar da Seara
“O salto da água” “Cozida”
27 Fevereiro Sexta-Feira | 17h30 |
28 Fevereiro Sábado | 11h30 | 15h00 | 17h30
01 de Março Domingo | 11h30 | 15h00 | 17h30

Melgaço | Parada do Monte | Lugar do Paço
“Coração de porco”
06 de Março Sexta-Feira | 21h00
07 de Março Sábado | 11h30 | 16h00 | 21h00
08 de Março Domingo | 14h00 | 17h00 | 21h00

Vila Nova de Cerveira |Campos | Lugar das Furnas
“Labaredas”
13 de Março Sexta-Feira | 21h00
14 de Março Sábado | 11h30 | 16h00 | 21h00
15 de Março Domingo | 11h30 | 16h00 | 21h00

Monção | Lara | Mercearia dos Vilar
“Uma pequena ideia de amor”
20 de Março Sexta-Feira | 17h30
21 de Março Sábado | 11h30 | 15h00 | 17h30
22 de Março Domingo |11h30 | 15h00 | 17h30

Valença | Verdoejo | Estufas de Flores
“Saias de sabão”
27 de Março Sexta-Feira |21h00
28 de Março Sábado |11h30 | 16h00 | 21h00
29 de Março Domingo |11h30 | 16h00 | 21h00

CONTRA-BANDO a salto: 3 a 5 de Abril

O meu corpo é uma árvore

A partir do próximo dia 26 de Janeiro, e até dia 19 de Maio, todas as crianças do ensino pré-escolar irão participar numa oficina de exploração criativa de sons e movimentos a partir da natureza, que decorrerá nos cinco concelhos do Vale do Minho –Paredes de Coura, Monção, Vila Nova de Cerveira, Melgaço e Valença.

“O meu corpo é uma árvore” é uma actividade de experimentação em que a liberdade criativa é estimulada a partir do corpo e de jogos sonoros.
A partir da manipulação de objectos naturais associados ao universo da árvore, as crianças criam sons, que podem ser o cair de uma bolota ou o bater dos ramos das árvores, e experienciam diferentes movimentos como a semente a romper a terra ou a ventania a abanar os troncos.



Locais e Datas:
Paredes de Coura – 26 de Janeiro a 2 de Fevereiro | Centro Cultural de Paredes de Coura
Monção – 6 de Fevereiro a 16 de Fevereiro | Biblioteca Municipal de Monção
Vila Nova de Cerveira – 2 de Março a 6 de Março | Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira
Melgaço – 5 e Maio a 7 de Maio | Casa da Cultura de Melgaço
Valença – 11 de Maio a 19 de Maio | Biblioteca Municipal de Valença

Horário: 10h00 / 14h00
Duração: 90 minutos
Nº máximo de participantes: 25 participantes por sessão