Friday, May 22, 2009

Um Grão Caído na Terra

A Associação Comédias do Minho apresenta Um Grão Caído na Terra, um projecto com encenação e interpretação de Gonçalo Fonseca, com estreia no concelho de Monção, no dia 13 de Maio, às 21 h30.

Um actor dá vida a cinco máscaras num jogo entre o tempo presente e passado. O interior de uma cela, imposta por uma convicção, transforma-se num espaço de memórias e solidão.



Um Grão Caído na Terra nasce de um testemunho real: o de Omer Goldman, jovem israelita que, em 2008, se recusou a prestar serviço militar. Texto para um actor com várias máscaras: solo e polifonia, ao mesmo tempo. A personagem, sem nome, faz dezanove anos; é chamada a servir o Estado, recusa. Dialoga com o soldado, o juiz, o pai, a carcereira, a companheira de cela. Atravessa a solidão e o desespero. Entre as paredes da prisão, sonha com um vento que a leva pelo céu.

FICHA ARTÍSTICA

Encenação, Interpretação e Máscaras: Gonçalo Fonseca
Texto e Dramaturgia: Pedro Eiras
Tutória: Philippe Peychaud
Aconselhamento Artístico: François Cervantes

Género: Teatro de Máscara
Classificação: Maiores de 6 anos
Entrada livre sujeita a lotação da sala


DATAS E LOCAIS DE APRESENTAÇÃO


Monção
13 Maio Quarta-Feira | 21h30 | EPRAMI – Monção
14 Maio Quinta-Feira | 21h30 |Salão da Junta de Freguesia de Riba de Mouro
15 Maio Sexta-Feira | 21h30 | Escola Primária de Bela
16 Maio Sábado | 21h30 | Centro Cultural Raianos, Messegães
17 Maio Domingo | 16h00 | Casa do Curro, Monção

Melgaço
20 Maio Quarta-Feira | 21h30 | Salão da Junta de Freguesia de Penso
21 Maio Quinta-Feira | 21h30 | Casa da Cultura de Melgaço
22 Maio Sexta-Feira | 21h30 | Casa da Cultura de Melgaço
23 Maio Sábado | 21h30 | Centro Cívico de Castro Laboreiro
24 Maio Domingo | 21h30 | Associação os Fronteiriços, S. Gregório

Paredes de Coura
27 Maio Quarta-Feira | 21h30 | Salão da Junta de Freguesia de Parada
28 Maio Quinta-Feira | 21h30 | Centro Cultural de Paredes de Coura
29 Maio Sexta-Feira | 21h30 | Centro Cultural de Paredes de Coura
30 Maio Sábado | 21h30 | Salão da Junta de Freguesia de Romarigães
31 Maio Domingo | 21h30| Salão de Junta de Freguesia de Cossourado

Vila Nova de Cerveira
10 Junho Quarta-Feira | 21h30 | Salão da Junta de Freguesia de Lovelhe
11 Junho Quinta-Feira | 21h30| Salão da Junta de Freguesia de Nogueira
12 Junho Sexta-Feira | 21h30| Salão Paroquial de Gondarém
13 Junho Sábado | 21h30 | Cineteatro dos Bombeiros
21 Junho Domingo | 16h00 | Salão Paroquial de Covas

Valença
25 Junho Quinta-Feira | 21h30 | Auditório Anfiteatro de Verdoejo
26 Junho Sexta-Feira | 21h30| Auditório Biblioteca Municipal de Valença
27 Junho Sábado | 21h30 | Junta de Freguesia de Gandra
28 Junho Domingo |21h30| Junta de Freguesia de Arão

Personagens de Água

A água dissolve, a água transporta, a água limpa, a água adapta-se às formas, a água gasta, a água é um espelho, a água renasce, a água é forte, a água eleva-nos, a água é escorregadia, a água entorna-se, a água engana.




"Personagens de Água" é um espectáculo sobre as qualidades da água que leva as crianças a produzirem personagens recriando dessa forma situações da vida real.
São executadas tarefas durante o espectáculo havendo dessa forma uma experimentação, como se a água pudesse ser, através das suas características mais importantes, uma metáfora da vida.

Esta actividade, integrada no âmbito das acções de Promoção e Sustentabilidade das Paisagens Rurais do Vale do Minho é uma co-produção entre a Comédias do Minho e Jangada de Pedra e tem como entidade promotora a Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho.



Trabalho realizado por um aluno do 4º ano da Escola EB1 de Campos (Vila Nova de Cerveira)

* Fotografia: Susana Neves

Contra-Bando - Trabalho Jornalístico (Melgaço)

No dia 6 de Março de 2009 pelas 15 h, a turma do 4.ºano da EB1/JI de Pomares foi assistir à peça de teatro “Coração de porco” realizada pelas Comédias do Minho, na freguesia de Parada do Monte.

O espectáculo decorreu na casa do Sr. José do Vidoeiro, situada no lugar do Paço, o qual disponibilizou todos os espaços interiores e exteriores para o evento.

"O Céu"

À entrada da casa, debaixo da latada, a encenadora e o actor Gonçalo explicaram as semelhanças entre as casas romanas e as casas de Parada do Monte.



"O Pândega"

O Pândega explicou e apresentou as esculturas que fazia, mas que não vendia, porque faziam parte da sua alma. Ele também adorava música, sendo acompanhado pelo grupo coral de Parada do Monte.



"O Professor Júlio"

Deu uma explicação engraçada: as minhocas eram como as letras, que a Secóia é a maior árvore do mundo, que o seu saber passa directamente para a cabeça do aluno e que os Romanos aprendiam mais, quando estavam deitados.

"As Cartas"

Foram apresentadas as dificuldades que os emigrantes sentiam para enviar as cartas para a sua família.

"O Lavrador"

Apresentou uma réplica da neve a cair em Parada do Monte e afirmou que trabalhava mais quando ela caía.

"A Ginástica"

Os lavradores eram parecidos a atletas gregos. Faziam exercícios físicos com os trabalhos agrícolas.

"A Salgadeira"

O sal era parecido com a neve. A conservação dos alimentos era feita com o sal e a dança significava os movimentos que as pessoas tinham a salgar.



"Coração de Porco"

Só se dá o coração a quem já o tenha perdido, para a esperança e a fé não morrer.



No final participamos numa dança com os actores, com o nosso professor e com o coro de Parada de Monte. Foi fixe!

Aproveitamos também a oportunidade que nos foi concedida e fizemos uma entrevista a todos os actores, a qual divulgaremos na próxima edição do jornal.

Trabalho jornalístico realizado pela turma do 4.ºano da EB1/JI de Pomares.

Contra-Bando - Trabalho Jornalístico (Monção)

Em Lara, aldeia do Alto Minho onde todas as histórias acontecem e se misturam, chegam os convidados, sem saber para quê nem porquê, respondendo a um convite excepcional, a um “apelo da alma”.

A companhia de Teatro “Comédias do Minho”, com o seu Projecto “Contra-Bando”, rompe com o conceito de espectáculo de teatro tradicional, retirando actores, encenadora e uma bailarina do espaço fechado da sala de espectáculos. Desafia-os a representar diversas cenas de outros tempos, vividas pelas gentes do lugar de Lara.

Encenou-se uma peça de teatro onde o cenário é a casa, a mercearia, o armazém, a taberna, a rua… As histórias, que partem da vida das gentes desta aldeia, das suas rotinas, dos seus amores, angústias, alegrias, tristezas, medos e esperanças, alteram a calma e o silêncio das suas ruelas apertadas, dos seus caminhos e recantos escondidos...



O nome desta peça!

O nome “Contra-Bando”, remete-nos para tempos em que homens e mulheres do Alto Minho arriscavam a vida no contrabando de tabaco, azeite, sabão… para contrariar e fugir à miséria, levando mais uns tostões no bolso para alimentar as bocas que esperavam em casa. A escolha do nome tem em conta, também, o significado e essência das palavras, porque este “bando “ de actores juntou-se para “relatar” histórias relacionadas com o contrabando, num trabalho contra as regras tradicionais do teatro. Inovando e rompendo pré conceitos, desafiando pessoas com diferentes formações.

Um projecto comum: uma encenadora, Madalena Victorino, um grupo de cinco actores e uma coreógrafa e bailarina.

Os espectadores são convidados a assistir e fazer parte integrante da história, transformando-se por momentos em actores.

Os conflitos de amigos na taberna. As confidências, os conselhos e os sentimentos de duas mulheres que viam o casamento e a felicidade de forma diferente. A angústia de uma mulher abandonada à solidão à espera que o seu amado regresse com o sonho de uma fortuna. A desconfiança no casamento. O poder do padre, a influência da fé e da religião nas crenças e julgamentos dos habitantes de Lara.

O conflito da consciência de um homem que decide enfrentar os princípios da fé e usurpa os cofres da capela ou igreja da Senhora da Saúde, pagando o seu gesto com a vida. A miséria e a pobreza misturam-se com o amor de pai que, querendo a felicidade do seu filho no seu último alento, satisfaz o desejo de lhe oferecer uma prenda.



As histórias acontecem em ambientes naturais da aldeia, com a ajuda e colaboração de quem lá vive. A mercearia e o armazém do Sr. Vilar, a capela da Dona Judite. Os caminhos e as estradas são o testemunho da surpresa com que os espectadores recuam no tempo e se tornam parte do espectáculo.


Depois de assistirmos ao ensaio surgem as conversas para entendermos a essência do projecto e as motivações dos intervenientes.

Que razões levam uma encenadora que trabalha no CCB a vir trabalhar para o meio rural?
Madalena Vitorino - A necessidade de uma valorização do meu trabalho arrastou-me para este projecto que tinha como aliciante o trabalho com uma nova geração de actores, levando o teatro para fora da cidade!
Este projecto permitiu-me como encenadora trabalhar de uma forma diferente, a improvisação, a interacção do público com os actores e a introdução da dança fazem do trabalho uma incógnita não obedecendo a um diálogo previamente estabelecido com regras definidas

O que acha da experiência de trocar o palco do teatro pela “taberna”… de uma aldeia do interior?
Ainhoa Vidal (Bailarina) - No espectáculo com pequenos grupos tudo tem de ser mais trabalhado, tudo se vê. O pormenor tem de ser estudado e preparado para que tudo seja o mais natural possível e parecido com a vida, os espaços são abertos, o público pode ser “mimado” e convidado a entrar nas histórias. Nos grandes espaços, o palco é um lugar preto e vazio, o tipo de luz muda, o espectáculo é dirigido a grandes massas, o actor tem de ir à procura da luz e do público.

O que o seduziu neste projecto?
Luís Silva
(Actor) – A companhia pareceu-me interessante, com um trabalho ambicioso, decidi sair de Lisboa e entregar-me ao projecto.

O espectáculo decorreu nos dias 21 e 22 de Março com duas sessões diárias. Os alunos do 8ºA da Escola Secundária de Monção foram os convidados privilegiados para assistir ao ensaio geral no dia 20 de Março.

“A experiência proporcionou-nos um contacto com actores profissionais, e permitiu-nos ser parte integrante do espectáculo”. Concluíram.


Ficha técnica:

Repórteres: Ângela Rodrigues, Liliana Alves, Rafael Barbosa, Vítor Gonçalves
Fotografia: Ana Trancoso e Pedro Alves
Redactores: Cristhiane Sonay, Guilherme Ponte e Sandra Machado


Trabalho Jornalístico realizado pelos alunos do 8ºA da Escola Secundária de Monção.