Monday, April 27, 2009

Contra-Bando - Trabalho Jornalístico (Vila Nova de Cerveira)

O projecto Contra-Bando foi a mais recente aposta da companhia Comédias do Minho. Tratou-se de um espectáculo de Teatro-Dança que contou com a prestação de uma excelente equipa de profissionais, nomeadamente, seis actores e uma bailarina: Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Miguel Fragata, Mónica Tavares, Rui Mendonça, Tânia Almeida, e Ainhoa Vidal, sob a encenação de Madalena Victorino (ex-assessora para a área da pedagogia e animação da Fundação Centro Cultural de Belém) convidada pela companhia Comédias do Minho, para tomar em mãos este projecto.

Esta nova produção teatral foi representada nos cinco concelhos que a companhia já mencionada intervém (Vila Nova de Cerveira, Monção, Melgaço, Paredes de Coura e Valença) no caso concreto de Campos, a peça foi apresentada nos dias 13, 14 e 15 de Março de 2009.

Agora, imagine que está em cabanas de pescadores e em volta há vários retratos espalhados com imagens de lampreias e peixes.

O espaço em que decorre toda a acção teatral está bem longe do habitual, sendo um espaço natural que representa o dia-a-dia de pescadores, onde eles guardam todo o material de pesca.


Neste espaço natural está contida a dança onde há uma forte ligação entre o público e o próprio elenco. As barracas dos pescadores foram utilizadas como ninhos de lampreia que não são feitos de pedras roladas, mas de zinco e de emoções. Guardam histórias curtas de água que flamejam na escuridão do rio.

Os actores representam a história de vida das lampreias de forma abstracta através de gestos e de música a acompanhar. E o público funcionou como lampreias prontas a ser pescadas pelos pescadores que são os actores.


Este projecto foi uma ideia inovadora, pois, além da "infiltração artística" em casa das pessoas (como disse Madalena Victorino na Conferência de Imprensa organizada pelos alunos de Música de 9ºano do Colégio de Campos) as pessoas tiveram oportunidade de assistir à peça e trazer familiares e amigos, sendo de destacar a participação popular de associações e colectividades de todo o concelho.

Trabalho jornalístico realizado pelos alunos de Música (9º ano) do Colégio de Campos.

Wednesday, April 1, 2009

Contra-Bando - Trabalho Jornalístico (Paredes de Coura)

O projecto Contra-Bando foi a mais recente aposta da Comédias do Minho. Tratou-se de um espectáculo de Teatro-Dança, que contou com a prestação de uma excelente equipa de profissionais, nomeadamente, seis actores e uma bailarina: Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Miguel Fragata, Mónica Tavares, Rui Mendonça, Tânia Almeida, e a talentosa Ainhoa Vidal, sob a encenação de Madalena Victorino.

Este projecto foi apresentado dentro das casas dos habitantes de determinadas freguesias dos concelhos do Vale do Minho. No caso concreto de Paredes de Coura, desenrolou-se na Seara, Bico, nos dias 27 e 28 de Fevereiro e 1 de Março.

A ideia dos espectáculos serem apresentados dentro das casas, levou a que estas se transformassem em palcos, de forma a haver uma aproximação entre o palco, a terra, artistas, animais e habitantes. Deste modo, os actores transformaram-se em aldeões e os aldeões, transformaram-se em actores: uma mistura que consegue levar àqueles que parecem esquecidos, uma pequena noção do que é o mundo da representação, assim como, arrebatar os actores para a noção do que é a vida rural.



Após ter sido proposto aos habitantes da freguesia a possibilidade das suas casas se transformarem em verdadeiros palcos de teatro, duas simpáticas senhoras, a Dona Esmeralda e a Dona Nilda, abdicaram do silêncio e da solidão em que viviam e cederam as suas casas para que fosse possível a encenação de “Salto da Água” e “A Cozida”.

O “Salto da Água” desenvolveu-se no cantinho de Dona Esmeralda que transmitia uma enorme paz ao público. Por sua vez, a sua casa, em sonhos, transformava-se num rio que ela não conseguia atravessar acabando por se afundar. São sonhos e memórias de Esmeralda, que a encenadora Madalena Victorino tenta transpor para a dança e teatro, recorrendo a vários cenários. Estes identificavam-se claramente com situações do quotidiano rural, sonhos e histórias de Dona Esmeralda. Desta forma, verificou-se a necessidade de recriar vários cenários tais como, a cozinha, o quarto, o quarto de banho, a sala da cruz, a corte do gado e por fim o exterior que, juntamente com uma agradável brisa se tornava no espaço onde os noivos saltavam de uma fotografia e se juntavam aos convidados.

Posteriormente, o espectáculo, designado por “A Cozida”, decorria na casa de Dona Nilda, uma senhora cheia de energia para trabalhar e sempre com um sorriso na cara. Foi encenado o trabalho no campo, a expressão da fadiga estampada no rosto e no corpo, o suor que escorria pela cara de cada um. Deu-se, igualmente, relevância aos animais, nomeadamente, aos cordeiros que após o nascimento eram criados para na altura da Páscoa darem mais uma alegria à gente da casa.

Os produtos caseiros - o chouriço, o pão de milho e a sopa à moda antiga - foram oferecidos ao público, simbolizando uma merenda no final de um dia de trabalho.

De um modo geral, foi uma ideia inovadora que abrangeu um mundo já esquecido da ruralidade portuguesa e que provou como um inocente sonho pode revolucionar a vida recatada de uma pessoa e transformar-se em algo vivido para além do sonho.




Trabalho jornalístico realizado pela turma de Apoio à Infância da Escola Profissional do Alto Minho Interior - EPRAMI Paredes de Coura

Actividade de Exploração Temática da Peça Contra-Bando

Actividade a partir dos géneros jornalísticos

As turmas são desafiadas a acompanhar o ensaio geral da peça na aldeia do seu município.

No contexto de ensaio, encenadora, actores, habitantes da aldeia e alunos podem partilhar as diferentes leituras sobre esta experiência.

Desta forma, e aproximando-se um pouco mais do processo criativo, as turmas terão oportunidade de recolher os elementos necessários para a redacção do texto jornalístico, designadamente testemunhos e fotografias.