Todos nós vamos ao teatro para assistir a um milagre. Este sofre, aquele ri, duma angústia ou duma alegria que só são nossas porque as adaptamos ao nosso pobre romance quotidiano.
O papel de cenário que se transforma em ruínas ou em palácios, o sol e o luar que se inventam com projectores, o trovão que se faz com um sacudir de lata, a chuva que se rufa num tambor com chumbinhos de caça, as lágrimas que se choram a tempo, os gritos, os passos, os risos (...)
- Posso acender a tempestade?
- Pode, é claro. Mandar acender o céu é uma coisa admirável!... Mais! Dê mais luz...
António Pedro, prólogo da Antígona
1 comment:
parece interessante.
Vou ver!
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