Friday, June 13, 2008

ESTUFA FRIA


UMA CO-PRODUÇÃO TEATRO DE FERRO E COMPANHIA COMÉDIAS DO MINHO


Os cinco concelhos do Vale do Minho apresentam novo espectáculo, a partir do dia dois de Julho

Estufa Fria é o título da mais recente criação da Companhia de Teatro Comédias do Minho, que surge de uma co-produção com o Teatro de Ferro. Esta peça, que conta com a direcção artística de Igor Gandra, estreia no dia dois de Julho, no concelho de Monção.

Estufa Fria fala-nos sobre “viver no campo” (viver o campo, viver do campo, vir ver o campo). A partir desta ideia, desenvolveu-se um espectáculo que habita os espaços criando outros, que outros habitam. Trata-se de um dispositivo teatral adaptável, onde actores e marionetas interpretam os materiais propostos.

A proposta é, através da exploração das linguagens do corpo e da ma­nipulação de formas, objectos e do próprio espaço de cena, construir um espectáculo que ten­ta cruzar uma plasticidade assumida, uma teatralidade eficaz e um sentido de apresentação próximo da performance.
Os aspectos da comunicabilidade entre artistas (em presença - actores e em diferido – outros criadores) e o público são estruturantes neste espectáculo – objecto partilhável.

Como acontece com todas as produções desta associação intermunicipal, o espectáculo será apresentado em diversos espaços/freguesias dos concelhos de Monção, Vila Nova de Cerveira, Valença, Paredes de Coura e Melgaço.



FICHA ARTÍSTICA

Encenação, Cenografia e Sonoplastia: Igor Gandra
Dramaturgia: Regina Guimarães
Movimento: Carla Veloso
Desenho de Luz: Rui Maia
Interpretação: Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Mónica Tavares, Rui Mendonça, Tânia Almeida

DURAÇÃO DO ESPECTÁCULO_ 45 minutos

DATAS E LOCAIS DE APRESENTAÇÃO

Concelho de Monção
× 2 de Julho / Quarta-Feira / 21h30 – Centro Paroquial de Monção
× 3 de Julho / Quinta-Feira / 21h30 – Sede da Junta de Freguesia de Riba de Mouro
× 4 de Julho / Sexta-Feira / 21h30 - Sede da Junta de Freguesia de Podame
× 5 de Julho / Sábado / 21h30 – Antiga Escola Primária de Ceivães
× 6 de Julho / Domingo / 21h30 – Centro Paroquial de Monção

Concelho de Vila Nova de Cerveira
× 9 de Julho / Quarta Feira / 21h30 – Salão da Junta de Freguesia de Lovelhe
× 10 de Julho / Quinta Feira / 21h30 – Salão da Junta de Freguesia de Nogueira
× 11 de Julho / Sexta Feira / 21h30 – Fórum Cultural de Cerveira
× 12 de Julho / Sábado / 21h30 – Centro de Cultura de Campos
× 13 de Julho / Domingo / 16h00 – Salão da Junta de Freguesia de Sapardos

Concelho de Valença
× 16 de Julho / Quarta-Feira / 21h30 – Auditório de Verdoejo - Exterior
× 17 de Julho / Quinta-Feira / 21h30 – Auditório da Segadanense (Cristelo Covo)
× 18 de Julho / Sexta-Feira / 21h30 – Biblioteca Municipal de Valença
× 19 de Julho / Sábado / 21h30 – Sede da Junta de Freguesia de Arão
× 20 de Julho / Domingo / 16h30 – Sede da Junta de Freguesia de Gandra

Concelho de Paredes de Coura
× 23 de Julho / Quarta-Feira / 22h00 – Centro Cultural de Paredes de Coura
× 24 de Julho / Quinta-Feira / 22h00 – Centro Cultural de Paredes de Coura
× 25 de Julho / Sexta-Feira / 22h00 – Sede da Junta de Freguesia de S. Martinho de Coura
× 26 de Julho / Sábado / 22h00 - Sede da Junta de Freguesia de Vascões
× 27 de Julho / Domingo / 22h00 - Sede da Junta de Freguesia de Rubiães

Concelho de Melgaço
× 30 de Julho / Quarta-Feira / 21h30 – Sede da Junta de Freguesia de Penso
× 31 de Julho / Quinta-Feira / 21h30 – Sede da Junta de Freguesia de Gave
× 1 de Agosto / Sexta-Feira / 21h30 – Casa da Cultura de Melgaço
× 2 de Agosto / Sábado / 21h30 – Casa da Cultura de Melgaço
× 3 de Agosto / Domingo / 21h30 – Centro Cívico de Castro Laboreiro




DUAS PERGUNTAS AO ENCENADOR…

P – Sendo o Teatro de Ferro um projecto eminentemente urbano, como é que se estabelece esta relação com uma companhia de teatro cuja missão é a intervenção em território assumidamente rural?

Igor Gandra – O nosso percurso tem sido desenvolvido muito em torno da cidade. Isto revela-se no imaginário que propomos e nas questões que levantamos nos nossos espectáculos. O Teatro de Ferro desenvolve regularmente os projectos Desmontagem nos quais participam jovens de instituições e bairros sociais da área metropolitana do Porto, de certo modo, no TdF também praticamos uma descentralização, ou melhor - um descentramento cultural, em que lidamos com um tipo de afastamento que não é geográfico. No fundo, trata-se de fazer acontecer as coisas onde e com quem, elas não costumam (não costumavam) acontecer.

P – Uma das principais preocupações da Companhia Comédias do Minho é buscar na região e nas comunidades locais matéria-prima para a criação artística. Como é que isso se revela neste espectáculo?

Igor Gandra – Penso que me compete aqui, mais do que localizar o que pode parecer específico, tentar perceber onde está o espaço do que é universal. Neste espectáculo existem personagens que se apresentam a partir de diversas experiências associadas á vida no campo. Eu vivi e trabalhei no campo, no início da adolescência. Desta experiência guardo estruturantes memórias sobre as relações entre o trabalho e as expectativas colectivas e individuais, o investimento vital e o retorno efectivo. Voltando ao cerne da questão, o espectáculo enquanto dispositivo, assenta numa ideia do trabalho desenvolvido em grupo, um pouco como as vindimas e outras tarefas e, simultaneamente no mito urbano do regresso a formas de viver mais autênticas ou inocentes.


CURRICULUM IGOR GANDRA

Co-fundador do Teatro de Ferro, com a qual colabora desde 1998 como Director, Encenador e Actor/Manipulador. Além desta companhia, colaborou com o Teatro de Marionetas do Porto, Balleteatro, Teatro Nacional São João e Festival Internacional de Marionetas do Porto.
Em 2005, recebeu o prémio revelação Ribeiro da Fonte – teatro 2004, atribuído pelo Ministério da Cultura / Instituto das Artes.



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